O pagamento do 13º salário e do Auxílio Brasil devem injetar aproximadamente R$ 1,7 bilhão na economia paulista de acordo com estudo mais recente da APAS (Associação Paulista de Supermercados). Justamente por conta desse número, este levantamento mostra também que o setor supermercadista deve fechar 2021 com um crescimento de 0,25%.
Esse resultado é reflexo de um ano que foi pressionado pela alta da inflação, pela desvalorização da moeda e pelo aumento da tarifa de energia em decorrência da crise hídrica, dentre outros fatores que afetaram o poder de compra das famílias e reduziram o consumo.
Para colaborar com o número desse levantamento, o empresariado do setor está confiante em relação às vendas de fim de ano. 42% dos empresários supermercadistas acreditam que venderão mais neste Natal do que o fizeram no período em 2020, enquanto que 47% acreditam em uma melhora de vendas no Réveillon, com relação ao ano passado.
Para 2022, enquanto muitos especialistas preveem uma piora dos fundamentos macroeconômicos, esse levantamento da APAS indica crescimento de 2% do setor supermercadista nesse ano seguinte. “Sabemos que não será um ano fácil. Porém, a comercialização de itens de primeira necessidade deve manter aquecido o essencial setor supermercadista, que deve sentir menos do que outros segmentos a desaceleração da atividade econômica”, explica Diego Pereira, economista da APAS.
Setor fechará 2021 com 585 mil postos de trabalho
O levantamento ainda mostra que 585 mil postos de trabalho devem estar ocupados ao fim de 2021. De janeiro a outubro, o setor gerou um saldo acumulado de 14.326 postos de trabalho. A previsão é de que sejam criadas mais de 3.000 vagas neste mês de dezembro, chegando a quase 18 mil postos de trabalho criados em 2021, uma performance quase tão boa quanto em 2020, quando o setor supermercadista criou 18.770 novos postos de trabalho.