A transformação digital é uma realidade para muitas empresas do varejo brasileiro e cada vez mais consumidores aderem ao e-commerce para fazer compras em supermercados. Porém, nem todos os perfis de consumidor do Brasil têm facilidade em fazer compras online, especialmente os chamados “desbancarizados”, aqueles que não têm registro de conta bancária no país. Nesse cenário, grande parte da população mais pobre não consegue fazer parte da evolução da experiência de compra para o modelo digital. 

Hoje, a plataforma Muni consegue conectar o consumidor mais humilde com a experiência de fazer compras online e receber em casa, mesmo sem ter acesso a smartphones ou conta corrente. Com atuação no Brasil, Colômbia e México, a Muni funciona como uma plataforma de vendas online com 12 categorias de diferentes de produtos, desde mercearia, padaria e hortifruti, até itens para pets. 

Logística mais eficiente e inclusiva

Para facilitar a logística, a empresa conta com o “Líder Muni”, que recebe comissões por organizar, receber e pagar pelos pedidos feitos por seus vizinhos. De acordo com Thomas Endler, head comercial da Muni no Brasil, é inegável que o e-commerce acelerou durante a pandemia, mas ainda é uma fração muito pequena do total do mercado e a maior parte das iniciativas, apesar de relevantes, não atendem a todos os perfis de consumidor. 

Um dos trunfos da marca, segundo o head comercial, os “Líderes Muni” são consultores comissionados por cada compra feita na plataforma, que alinham os detalhes da entrega dos itens ao consumidor final. “Isso permite que as compras cheguem em comunidades ou locais afastados que, normalmente, os aplicativos de entrega não atendem. Assim, promovemos o acesso a compras de supermercado para uma população que, até então, não era vista pelo mercado”, acredita.

Inclusão digital e relação com indústria

Para o executivo, as iniciativas que existem no mercado atualmente são elitizadas e penetram em uma pequena parte da população. “Somos uma solução de supermercado online e nossa missão é facilitar o acesso dos consumidores de classes média e baixa, focado na entrega de alimentos e bebidas e que tem como premissa a inclusão digital do consumidor de classes média e baixa”, afirma Thomas. 

Para se diferenciar, a Muni pratica preços mais atrativos do que as grandes redes e, de acordo com Endler, o segredo é a relação direta com a indústria e uma cadeia de suprimentos enxuta e eficiente, com um baixo índice de perda. Segundo Thomas, a plataforma planeja expansão para outros estados e melhorias na experiência do consumidor. 

“No nosso plano de negócios está a especialização em determinadas categorias e nichos ineficientes e que carecem de soluções mais estruturadas. Ainda não posso contar quais são, mas em breve teremos novidades”, adianta o head comercial da Muni no Brasil. Atualmente, a empresa atende consumidores localizados na Grande São Paulo, além de Campinas, Jundiaí e Várzea Paulista e, para 2023, a plataforma avança para cidades do interior e litoral paulista.