Considerado um patamar pessimista, a confiança do consumidor brasileiro segue estável. De acordo com o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que apontou 74 pontos em dezembro deste ano. A pesquisa é medida de 0 a 200 pontos e afere a percepção da população sobre sua condição financeira atual e sobre as expectativas em relação à situação futura, afetando o comportamento destas pessoas na hora da compra.
Conforme análise do economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, a retomada da confiança do consumidor estaria atrelada ao aumento de renda, provocado pelo avanço da vacinação contra a Covid-19, pela concessão do Auxílio Brasil, e pela maior disponibilidade de crédito.
Ulisses ainda explica que o indicador está em curva ascendente desde maio deste ano, quando registrava 66 pontos, e que as altas apresentadas têm sido progressivas desde então. “Em geral, diminuiu a percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego atuais, enquanto melhoraram as expectativas futuras sobre essas variáveis, principalmente a segurança no emprego, que aumentou. Também cresceu a disposição a comprar itens de maior valor, como carro e casa e bens duráveis, tais quais geladeira e fogão”, comenta o economista.
Também de acordo com o economista, a avaliação do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), é de que a retomada da confiança do consumidor, junto à maior disponibilidade de crédito e aos impactos positivos do Auxílio Brasil, serão cruciais para assegurar que as vendas do varejo sigam crescendo.
Confiança do Consumidor Paulista
Recorte do indicador nacional de confiança, o Índice de Confiança Paulista (ICCP) também se manteve estável e na margem de erro (dois pontos para cima e dois pontos para baixo) com 74 pontos em dezembro. Em novembro deste ano, o registro foi dos mesmos 74 pontos, o que interrompeu a série de quatro altas seguidas desde junho: 65, 69, 73 e 75. Essa retomada, além dos demais fatores mencionados, deverão contribuir para o crescimento das vendas do varejo paulista durante os próximos meses, de acordo com o economista.
“Diminuiu a percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego, enquanto melhoraram as expectativas futuras sobre situação financeira, emprego e situação econômica do Estado de São Paulo”, complementa Ruiz de Gamboa.