Os últimos anos comprovaram a importância da fidelização e do engajamento dos clientes para que as lojas do varejo atinjam melhores resultados de vendas. De acordo com o Índice de Fidelização e Engajamento do Varejo (IFEV-BNEX), desenvolvido pela Bnex, o valor das compras feitas pelos clientes fiéis foi 46,8% maior que o dos clientes não fidelizados. Além dos programas de fidelidade e plataformas de CRM, as redes sociais também têm papel de destaque em relação ao engajamento do consumidor com as marcas.
Nesse cenário, Instagram e Tiktok aparecem como as mais populares redes sociais, mas não são as únicas. De acordo com Jonas Castro, founder e CEO da WeFY, empresa de marketing em comunidades online no Brasil, a bola da vez são os 120 milhões de brasileiros em comunidades do Facebook que, segundo Jonas, foram ignoradas pelas marcas por muitos anos, e agora podem redefinir as fronteiras das relações entre marcas e pessoas.
Para o executivo, a maneira das marcas se comunicarem com o público está mudando de forma acelerada e, em um cenário de atenção escassa, impactar as pessoas de maneira relevante é um desafio que requer constante inovação nos formatos e plataformas usadas pelas marcas. “No Brasil, observamos um boom no mercado de marketing de influência onde inúmeras marcas abraçaram o desafio de testar esse novo formato de comunicação que passa a valorizar cada vez mais os criadores que tem uma ‘comunidade’ que os acompanha”, explica.
Oportunidade aparece em grupos
Segundo Jonas, ‘comunidade’ é a palavra do momento no mercado, tanto para marcas, quanto para os criadores de conteúdo e já existem milhares de comunidades online que conversam sobre diferentes produtos e categorias todos os dias. “Uma comunidade é um ambiente em que várias pessoas conversam entre si, ao invés de apenas uma pessoa falar e as outras escutarem, como em redes sociais como Instagram e TikTok”, aponta o CEO da WeFY.
Na visão de Jonas Castro, as comunidades online são, em sua maioria, privadas e se organizam em redes como Whatsapp, mas, o maior hub de comunidades está no Facebook, onde 1,8 bilhões de pessoas se encontram em mais de 70 milhões de grupos. “O Facebook ainda é muito presente no cotidiano brasileiro e é impossível ‘comprar’ membros, visualizações e likes em grupos privados da rede social. Por isso, o engajamento nas comunidades é 100% orgânico, o que as tornam um prato cheio para quem busca autenticidade e interações reais”, acredita.
De acordo com o CEO, apostar em ações de marketing em comunidades online representa uma nova fronteira nas relações entre marcas e consumidores, assim como o marketing de influência. “Esse tipo de formato deveria compor o marketing mix de qualquer marca que queira entender os pontos de dor do seu público com profundidade e criar estratégias de comunicação focadas em resolvê-los, colocando o consumidor verdadeiramente no centro”, conclui Jonas Castro.