A DM, gestora de cartões de loja (private label) de supermercado, se destacou no último ano com números positivos, apesar do atual cenário econômico brasileiro. “Só em 2022 foram mais de 140 mil novas contas abertas pelo Whatsapp e batemos nosso recorde histórico com R$ 916 milhões de receita líquida”, conta Denis Correa, CEO da DM.
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Com 5,5 milhões de cartões emitidos, foram R$4,6 bi em vendas no cartão, o que representa um avanço de 16% em relação ao ano anterior, já o recebimento em cobrança cresceu 27%. No ano passado, a empresa movimentou R$ 5 bilhões, crescimento de 25% em relação a 2021. Outro dado relevante, é que mesmo com a inadimplência alta – de acordo com a última pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, 78% da população está endividada – a DM encerrou dezembro com 13,5% de clientes inadimplentes, sendo que em janeiro, esse número estava em 27%. “Acredito que muitas dessas pessoas não são más pagadoras, mas tiveram sua renda comprometida. Por isso, procuramos fazer acordos que cabem no bolso dos nossos clientes para que eles voltem a consumir de forma consciente”, relata o executivo.
Duas décadas de trajetória
No primeiro semestre do ano passado, a DM recebeu um aporte de R$ 100 milhões da Vinci Partners, que se tornou sócia minoritária da empresa. A injeção de capital ajudou a alavancar o crescimento e a DM ampliou a sua base de parceiros com varejistas de outros segmentos, além de supermercados, como roupas, calçados e utilidades domésticas.
Outro movimento da DM, também no primeiro semestre, foi a compra da Finansinos, uma financeira com mais de 60 anos, localizada no Vale do Rio do Sinos, em Novo Hamburgo (RS), que atua nos segmentos de crédito direto ao consumo de bens, capital de giro, autofinanciamento e desconto de títulos. A partir da compra, a Finansinos passou a se chamar DM Financeira.
Em outubro, a DM completou 20 anos de história e captou cerca de R$ 120 milhões em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) – essa foi a captação de maior procura, atrelada à menor taxa já estampada em um papel da Companhia desde o início de suas operações. “A oferta superou as expectativas e o FIDC DM alcançou uma demanda que supera em três vezes o volume pretendido inicialmente nesta emissão”, aponta Denis. No mesmo mês, a empresa lançou seu primeiro CDB, em parceria com a XP Investimentos, dando início ao projeto de diversificação e sofisticação de suas linhas de funding. O papel captou R$ 3 milhões nas primeiras duas horas e a meta é chegar a R$ 150 milhões, com retorno a 115% do CDI e prazo de dois anos.
Para 2023, a expectativa é grande. “Acredito que teremos nosso melhor ano se seguirmos o ritmo dos últimos 12 meses. Queremos estar cada vez mais presentes no dia a dia do consumidor, cumprindo nosso objetivo que é democratizar o acesso ao crédito, de maneira ágil e descomplicada, por que a gente acredita muito que toda história merece crédito”, finaliza o CEO.