Os consumidores que vão aos supermercados estão interessados em produtos atrativos nas gôndolas, preços, mas também qual modalidade de pagamento vão utilizar na hora de pagar as compras. Prova disso, é um ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que revelou que, o cartão de débito registrou um aumento na utilização, se tornando, pela primeira vez, o meio mais usado neste varejo (26,1%). O cartão de crédito passou para o segundo lugar (25,4%), e o dinheiro (22,6%) aparece na sequência. O Pix, representou 2,6% das operações realizadas nos supermercados em 2022. O que significou um aumento, de 2%, já que em 2021, o uso do pagamento instantâneo representou apenas 0,6%.
“A ampliação dos métodos de pagamentos oferece boas perspectivas aos supermercadistas. Isso porque, essa tendência vai de encontro ao interesse dos consumidores que buscam por uma experiência com maior autonomia nos supermercados. Com o Pix, por exemplo, o supermercado ganha porque a rapidez com que o dinheiro entra no caixa só traz vantagens. Além disso, também houve um crescimento nos pagamentos por aproximação. Esse tipo de pagamento registrou aumento de 90% no volume de vendas dos supermercadistas com pagamentos feitos por meio de celulares, relógios e cartões com a tecnologia NFC, no primeiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período em 2022, segundo dados da empresa Cielo”, pontua o especialista em gestão de supermercados, Leandro Rosadas.
Marcel Nicolay, especialista em meio de pagamentos da fintech Malga – orquestradora de pagamentos com uma infraestrutura completa, acessível e adaptável para negócios digitais -, explica as vantagens do meio de pagamento instantâneo no varejo. “O Pix é um meio de pagamento seguro, porque é uma transação instantânea que possui compensação imediata, independente dos horários de funcionamento bancários. Verificar se um pagamento através de Pix foi feito com sucesso é tão simples quanto conferir se o valor cobrado foi adicionado à sua conta bancária. Ainda no aspecto de segurança, existem camadas de Autenticação e Autorização do sistema do Banco Central que garantem que o pagador é realmente o pagador para o qual a cobrança foi direcionada e que ele efetivamente aprovou a transação em questão. Do ponto de vista do tempo de recebimento, as diferenças chegam a ser tão grandes quanto a redução das 72 horas para compensação conhecidas do boleto, para no máximo 30 minutos”, pontua Nicolay.
Também especialista em pagamento, o gestor de produtos da fintech Malga, Fábio Cereto, ressalta que o Pix ganha vantagem em relação a outros métodos de pagamento devido a velocidade com que essa operação ocorre. “Diferentemente do cartão de crédito, que pode demorar até mais de 30 dias para repassar o dinheiro ao lojista e que é alvo constante de fraudes. A compensação do pagamento no Pix é quase imediata. Uma vez concluída essa transação, não há processo de contestação da cobrança. Isso porque, para fazer um pagamento por Pix, você precisa estar autenticado dentro do ambiente bancário da parte pagadora. Dessa forma, dificilmente este pagamento acontecerá de forma indevida. Caso ocorra, as solicitações de estorno de transações de Pix precisam ser inicializadas pelo próprio lojista. Olhando o histórico de transações processadas por Malga, sabemos que pouco mais de 2,3% das transações de cartão de crédito são estornadas. Em contrapartida, as transações de Pix aparecem com uma taxa de aproximadamente 0,2% de estornos”, finaliza Fábio.