Nessa segunda-feira (23), aconteceu o evento Papo de Varejo, promovido pela in360 e SuperVarejo. Executivos se reuniram no Espaço APAS, em São Paulo, para debaterem temas que estão em alta no setor varejista, como por exemplo governança, inteligência de negócio, experiência, operações e tecnologia.
O painel “Inteligência de Negócio: o conhecimento para gerir o negócio e antecipar movimentos” contou com a presença de Deborah Maeda, diretora global da Rappi Insights; Fábio Camparini, fundador da Smart Sell Pro; Felipe Mendes, VP América Latina, Tech & Durables; Felipe Salvador, Segment Owner Varejo da Selbetti; Rodrigo Mariano, head de Operações e Projetos da APAS e moderação de Olegário Araújo, consultor e conselheiro de Inteligência de Negócio.
Olegário começou o painel com a seguinte pergunta: “no mundo polarizado, qual o papel da inteligência de negócio?”, abordando a inteligência emocional e artificial.
Felipe Mendes começa o bate papo comentando sobre a inteligência de negócio e emocional, “a inteligência emocional para nós é a decisão de falar e a dificuldade de mudar uma empresa e aproveitar a informação. Com várias dificuldades, então a inteligência emocional é o começo, se perguntando: quem que vai fazer, o responsável, se vai dar certo, com o ponto de vista emocional.”
De acordo com Fábio Camparini, a inteligência artificial na base do varejo, consegue fazer milhares de combinações de análises com as máquinas, “quando a base está errada, pode afetar todo o início do trabalho, as segmentações das categorias, número de estoque e os preços, para trabalhar com os dados, para tratar os dados e segmentar melhor é preciso mudar a forma de trabalho.”
O termo inteligência artificial foi criado em 1956, mas está em constante mudança, “atualmente vimos uma movimentação de clusterização pensando em momentos de consumo, vendo o perfil do mercado.” comenta Deborah Maeda.
A segmentação dos dados distribuída por faturamento, rentabilidade líquida e região tende a valorizar a qualquer meta, inerente o setor, tangibilizando os dados em linha do tempo. “Entender a necessidade interna da empresa, utilizando os dados como conhecimento e estratégia, fazendo a segmentação de dados.” comenta Felipe Salvador.
Rodrigo Mariano explica a questão do uso de dados, comparando o atraso Brasil com o mundo. “Vimos um perfil conservador com o varejo, com o desafio de gerar uma zona de desconforto, não utilizarmos dados que temos. O mundo utiliza melhor os dados como operação, previsibilidade de demanda, o Brasil tem investido, mas não utiliza. Nosso objetivo é pegar um vácuo da informação, trazer para a indústria uma gama de informações.”
É humanamente impossível ter uma governança sem dados confiáveis. Mas a transparência dos dados passa pela inteligência emocional e a inteligência individual precisa ser aumentada com a inteligência social ou coletiva.
O painel debateu estes temas com participantes incríveis. Foi muito esclarecedor!
Fazendo um paralelo com o outro painel onde foi abordado a necessidade do básico bem feito, a governança e ética dos dados precede a inteligência artificial. Tema relevante em tempos de ESG.