Além de transmitir mais conforto e segurança nos dias atuais, em que ainda perduram as recomendações de distanciamento social, o self-checkout promete solucionar um dos principais entraves à jornada do cliente na loja física: a fila. Segundo Wagner Bernardes, CEO da Seal Sistemas, a redução pode chegar a 30% do tempo que os clientes passam na espera para registrar e pagar as mercadorias.
O executivo também destaca que os self-checkouts podem ter um custo operacional menor para as lojas e ainda permitir que os funcionários se dediquem a atividades mais estratégicas para o negócio, como um atendimento especializado. “Os terminais de autoatendimento ainda podem reunir bancos de dados, gerenciar rotinas operacionais e enviar automaticamente um workflow de informações — atividades que apoiam a gestão. Por fim, cabe destacar o potencial dos self-checkouts para otimizar o uso do espaço físico, o que permite ampliar e organizar melhor a distribuição dos itens colocados à disposição dos clientes, impactando positivamente o volume de vendas”, completa.
Antes de adotar a tecnologia, no entanto, é preciso estudar o perfil da loja e as necessidades de seus frequentadores. Os self-checkouts são muito úteis especialmente em situações de consumo ou frequência sazonal — por exemplo, em lojas próximas a estádios de futebol, casas de shows e outros espaços para grandes eventos. “Estamos falando de ocasiões nas quais o cliente busca evitar perder muito tempo dentro dos estabelecimentos. Isso também vale para áreas litorâneas, que concentram elevada demanda de turistas em épocas de alta temporada”, afirma Bernardes.
Em geral, no varejo alimentar, os self-checkouts são indicados para compras de menor volume — entre 10 e 25 itens. Nesse quesito, eles se assemelham aos caixas rápidos, usualmente voltados para compras pequenas. Porém, há outras tecnologias que podem operar de forma integrada aos terminais de autoatendimento, ampliando a oferta de conforto e comodidade ao shopper. “Temos uma solução em que um operador da loja é deslocado para atender os clientes que estão aguardando na fila do caixa. Utilizando um coletor de dados portátil, o funcionário registra as informações dos produtos que estão nos carrinhos e gera uma etiqueta com QR Code. Na sequência, basta o cliente exibir o código dessa etiqueta no leitor do self-checkout e fazer o pagamento antes de deixar a loja”, explica Bernardes. Tudo isso sem que ele precise tirar item por item do carrinho.
Perdas e furtos
Mas e quanto às perdas, seja com furtos ou até mesmo por descuido do cliente, que se esquece de bipar um produto, por exemplo? Nesse ponto, o executivo chama a atenção para os prejuízos que ocorrem devido à experiência ruim em loja, principalmente em razão de filas demoradas, falta de autonomia e desconforto. “Isso tudo pode fazer o cliente largar o carrinho cheio de produtos, desistir de fazer a compra e ainda impedir que retorne à loja, gerando um dano irreversível à reputação e ao faturamento do ponto de venda.”
Ele ressalta que, normalmente, os clientes que utilizam o terminal de autoatendimento são consumidores conectados, acostumados com meios digitais de pagamento, de forma que não há, para esse público, barreiras ou limitações técnicas que os impeçam de pagar pelos itens coletados nas gôndolas.
Antes de decidir pela implementação do primeiro self-checkout ou de terminais de autoatendimento adicionais em sua loja, vale a pena analisar todos esses pontos com critério.