Durante o painel Desenvolvimento e Formação, que aconteceu hoje no primeiro dia do Congresso de Gestão na APAS 2022, Silvia Martins, diretora de programas para famílias empresariais da Fundação Dom Cabral, falou sobre “A Sucessão e a longevidade dos negócios”, em que as estratégias tanto das famílias, como dos negócios devem estar alinhadas aos interesses de investimentos de capital humano e governança familiar, assim como investimentos financeiros e de governança corporativa para que os resultados sejam satisfatórios. “O nível de preparação dos envolvidos na sucessão precisar considerar a relação sucessor e sucedido, os desafios estratégicos e o grau de compromisso com a missão”, explica Silvia.
Muitas famílias centenárias possuem uma visão de futuro comum compartilhada e profissionalizam a gestão da empresa preparando a família, cuidando do patrimônio com uma atenção especial para estruturas e instrumentos de governança “Membros familiares se preparam para o papel de sócios, herdando muito além do capital e das cotas, mas sim o legado do fundador e os valores da família”, complementa.
No entanto, há uma série de outras questões que precisam ser consideradas, como o fato de o sucessor familiar estar pronto para tal função, ou ainda melhor, querer ocupá-la. “Há três tipos comuns de sucessão: por patrimônio, por legado ou por gestão, e é preciso saber em qual dessas se enquadra a empresa em que se está inserido para ser mais assertivo nos próximos passos”.
Logo na sequência, o diretor sênior de Recursos Humanos do Carrefour, Kiko Campos, conduziu a palestra sobre “A inovação através do empoderamento dos colaboradores”, citando que é preciso estar claro de que não existe nenhum atalho para a inovação, e que se trata de três fatores importantes: Gestão de talentos, Gestão de pessoas e Gestão de times e ambiente de trabalho. “Tão importante quanto identificar talentos é aproveitá-los”, ressalta Campos.
Já Marcelo Salum, CEO & Founder do IBVV – Instituto Brasileiro de Vendas e Varejo apresentou “Ações práticas para empoderar a equipe”, por meio de um ecossistema adaptável, competitivo, disruptivo, claro e capaz de criar novos líderes intencionalmente. “É preciso fazer o que precisa ser feito, sempre avaliando o potencial da equipe”, diz.
Finalizando as apresentações do painel, Frederico Lacerda, da Pin People, falou sobre “A importância do Humano nos negócios e o papel facilitador da tecnologia”, combinando a psicologia organizacional, a ciência de dados e a tecnologia para ajudar as organizações a medirem, entenderem e agirem sobre os dados de experiência dos seus colaboradores, de ponta a ponta. “Nunca se investiu tanto na experiência do cliente (CX), sendo que 89% das empresas acreditam competir no CX, enquanto 40% dos projetos são focados no CX”, como aponta um levantamento feito pela Pin People. “Vivemos um aumento da competição local e global por talentos, com profissionais mais bem capacitados e com novas expectativas com relação ao trabalho”, finaliza.