O metaverso é a grande novidade no varejo atualmente e, por isso, cada vez mais lojas buscam saber como isso pode ajudar a oferecer uma experiência diferenciada, dentro do ambiente virtual. Nesse contexto, os supermercados também estão inseridos e o objetivo é entender como aplicar o modelo de negócio dentro de um ambiente virtual ainda mais imersivo. Esse novo formato pode contribuir muito com a categoria, de acordo com Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG, organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory.
Segundo Gambôa, a pandemia proporcionou aos supermercadistas avançar no comércio digital, mas ainda existe espaço e o metaverso consegue estabelecer relações com os consumidores das gerações mais novas, que são os nativos digitais. “O metaverso pode conquistar a nova geração oferecendo para eles uma jornada de compra 3D podendo escolher o produto e navegar entre as gôndolas virtuais do supermercado. Sem sair de casa, na comodidade do lar”, aponta o executivo da KPMG.
Evolução do omnichannel
Para Fernando Gambôa, essa é uma forma de os supermercados criarem jornadas de compra dentro dos ambientes onde os usuários estão durante grande parte do tempo. “Essa função possibilita a expansão no portfólio de ofertas, independente do tamanho da gôndola da loja física. Logo veremos supermercados dentro do metaverso e isso seria uma evolução do atual omnichannel”, explica o sócio e líder da empresa no Brasil e na América do Sul.
Entre os principais desafios a serem superados pela categoria, Gambôa destaca a tecnologia e a logística. No primeiro caso, trata-se da adoção de uma infraestrutura adequada e, no segundo, é a capacidade de gerenciar o inventário em tempo real. Para o especialista, ainda existem outros desafios. “É preciso popularizar os dispositivos que habilitam o metaverso, como os headsets VRs e luvas hápticas, para oferecer a experiência virtual de compra com excelência”, completa.