As apresentações do painel “Lojas autônomas e a hiper conveniência para o shopper”, com Rodrigo Miranda, founder da Zaitt; e Bruno Bragancini, diretor presidente da Enxuto Supermercados, entre outros pontos, suscitaram discussões complementares sobre a importância de pensar no consumidor antes de pensar na tecnologia para atendê-los.
E foi com essa percepção que Bragancini demonstrou como a Enxuto criou supermercados dentro de condomínios residenciais para facilitar o acesso dos consumidores aos produtos. A ideia principal foi atender ao shopper quando ele precisa de poucos itens e não quer visitar uma loja grande.
A empresa percebeu que essa estratégia foi uma iniciativa que proporcionou o atendimento às necessidades específicas de um grupo grande de consumidores, gerando a desejada hiper conveniência para os negócios.
Miranda, por sua vez, destacou que hiper conveniência não é sempre sobre loja autônoma, mas sim sobre priorizar o tempo do shopper, a partir da tecnologia. Para isso, o painelista destacou que perceber o tempo dos consumidores e categorizar suas diferentes percepções a respeito da experiência de compra, com certeza, seria uma das estratégias mais assertivas para desenvolver soluções no PDV.
Outras relações são possíveis: negócios colaborativos entre supermercadistas e fornecedores
Apesar da forte relação entre supermercadistas e shoppers, outras relações fundamentais fazem parte da rotina estratégica das empresas do segmento. Uma delas é a relação entre lojistas e fornecedores, que agora contam com novas perspectivas profissionais, muitas delas apresentadas nas reflexões de Ari Vanderlei Gonzalis, diretor comercial da Boltis.
Gonzalis demonstrou que um negócio colaborativo acontece a partir de metodologias muito bem definidas: “A principal ideia de um modelo colaborativo é detectar as necessidades essenciais entre supermercadistas e fornecedores, pensando sempre em estabelecer metas e target para ambos, gerando crescimento mútuo”, explica.
A partir desse conceito, segundo Gonzalis, é possível obter benefícios para todos os players envolvidos no processo, tendo em vista que a junção de forças estratégicas entre supermercados e fornecedores pode garantir velocidade para responder rapidamente às possíveis mudanças que o segmento pode apresentar, o que por si só já seria uma vantagem competitiva.
“Mensurar dados em conjunto, por exemplo, otimiza a análise e pode facilitar a identificação de oportunidades no setor”, detalha Gonzalis.
Nessa perspectiva, para garantir tais benefícios, a relação colaborativa precisa acontecer a partir de uma comunicação estruturada, ágil e funcional.
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