A APAS SHOW 2022 se aproxima do fim, mas nem por isso deixou de gerar conhecimento para os presentes no congresso de gestão do evento. Na manhã desta quinta-feira (19), o painel “Operação Inteligente” trouxe especialistas de diferentes áreas para compartilhar a visão deles na ambientação de loja de forma a gerar uma experiência de compra mais positiva.
Que abriu a rodada de palestras foi Júlio Takano, CEO da Kawaharo Tahkano Arquitetura, que falou sobre tendências na criação de ecossistemas de negócios. Ele defende que os ambientes de compra devem simular, mesmo que por dez minutos, a sensação de férias dos clientes, período em que costumam gastar mais.
Ele também acredita que o principal desafio é criar ambientes que tragam o shopper para ambientes em que ele se reconheça, de modo que se crie um ecossistema que seja um solucionador de problemas. “O varejo cresce onde não tem atrito, por isso, temos que humanizar cada espaço”, disse o arquiteto.
Já Natália Campos trouxe toda a experiência dela com gerenciamento por categorias da AMBEV para o palco do congresso, uma paixão dela desde a adolescência. Ela contou que nos últimos anos a empresa deixou de ser autocentrada para trabalhar com foco no consumidor, por isso, priorizaram a jornada de compra no ponto de venda.
“A nossa estratégia deve vir antes da ambientação porque cada loja possui uma estratégia que depende de objetivos diversos. A árvore de decisão não é linear, o varejo é multiocasião, especialmente com a venda de cerveja”, explica Natália.
Colocar o cliente no centro das decisões é o que defende também Clinton Martins, sócio-diretor da Consultor. Ele acredita que este processo é fundamental para uma boa experiência de compra. Para isso, entende que utilizar dados da empresa e também dos parceiros é uma boa forma de criar estratégias. Martins constata que o trabalho de pesquisa e diagnóstico deve vir antes ações de visibilidade e design. Por fim, Anelise Campoi, diretora criativa e comercial da Acampoi Arquitetura, trouxe cases de supermercados da Grécia, Itália e Espanha que priorizam um fluxo de compra mais calmo e que trazem um layout que restringem um mix de produtos mais modesto, alinhado com a expectativa do shopper. “Estes espaços utilizam vidros, transparência, elementos da natureza, madeira e concreto para dar um ar de atemporalidade e rusticidade, o que permite novas relações com o supermercado”, explica Analise.