Levantamento da empresa Cargill, multinacional de produção e processamento de alimentos, identificou que 55% dos consumidores estão mais propensos a comprar um alimento embalado se identificarem uma ação de sustentabilidade, o que representa um salto de quatro pontos, desde a última edição da pesquisa FATitudes, realizada em 2019 e que mapeia os hábitos de consumo.

Houve crescimento de 13 pontos percentuais entre os brasileiros pesquisados que apontam a sustentabilidade como fator importante na hora da compra, se comparadas as pesquisas de 2019 e 2021. No Brasil, hoje esse número é de 74% dos entrevistados.

“Era esperada uma mudança de comportamento do consumidor, inclusive por conta da pandemia e outros fatores que têm influenciado a tomada de decisão. Foi importante constatar que a sustentabilidade tem um grande peso para o brasileiro”, analisa Augusto Lemos, diretor geral da Cargill Foods para América do Sul.

A pesquisa também perguntou aos consumidores que tipo de ação sustentável eles valorizam nos fornecedores dos produtos disponíveis nas gôndolas. “Origem sustentável” e “conservação de recursos naturais” encabeçaram a lista, ficando bem à frente de reivindicações mais específicas, como “comércio justo”, “embalagens reduzidas” e “salários justos/decentes” na maioria dos países incluídos na pesquisa.

Mundo

Nesta rodada de pesquisa mais recente, o aumento do interesse pela sustentabilidade foi a mudança mais notável em relação aos resultados da pesquisa anterior. Na Índia, por exemplo, houve aumento de dois dígitos, com 67% dos consumidores indicando que eram mais propensos a comprar alimentos embalados que destacam ações de sustentabilidade, um aumento de 11 pontos percentuais em relação a 2019. No Reino Unido, a Cargill descobriu que 51% dos consumidores agora dizem que dão mais ênfase à sustentabilidade, um salto de 8 pontos percentuais em apenas dois anos. E nos Estados Unidos, os consumidores também estavam mais atentos às alegações de sustentabilidade: 37% deram a mesma resposta, um aumento de 6 pontos em relação aos resultados de 2019.

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