Em um café da manhã promovido em 16 de março pela IFPA – International Fresh Produce Association, mais de 200 representantes da cadeia de flores, frutas, legumes e verduras (FFLV) se reuniram para fins de networking e troca de informações. O evento da IFPA Brasil deu ênfase à digitalização maçica do relacionamento com o consumidor durante o realinhamento econômico do pós-pandemia, em especial do segmento de FFLV.

Com a pandemia, o cuidado da entrega de alimentos precisou ser maior. “Muitos produtores têm desenvolvido inovações como biodefensivos, câmaras resfriadas e embalagens para melhorar tempo útil dos produtos. Se a tecnologia é um investimento permanente, a relação e ações integradas na cadeia são essenciais para a comunicação com o consumidor para o aumento da demanda”, diz Valeska de Oliveira Ciré, Country Manager da IFPA no Brasil.

“O consumidor está preocupado com a saudabilidade, ficou muito mais exigente com a origem dos alimentos, como prepará-los e como reaproveitá-los. A digitalização, que começou com a melhoria dos e-commerces e com as entregas, agora chega no layout das lojas, no self-checkout, na experiência do consumidor e até no metaverso”, explica Mauricio Morgado, professor e PhD da FGV, em sua palestra no evento sobre as tendências do setor e sobre o novo perfil do consumidor.

Essas tendências são focadas na relação da indústria com o varejo, na integração dos ecossistemas de negócios e nas lojas com menos funcionários e maior digitalização nos serviços ao consumidor, como a compra de frutas, legumes e verduras por aplicativo e a retirada em áreas externas das lojas ou em entrega rápida por delivery. “Já é uma realidade a entrega de FLV por assinatura na casa do cliente, até colocando na geladeira. A preocupação com embalagem e reciclagem de caixas também fazem parte das atividades do consumidor, então as empresas se antecipam para informar suas políticas de gestão de resíduos e evitar desperdícios”, acrescenta Morgado.