O serviço de entregas está em alta no Brasil e os supermercados fazem parte deste crescimento já que o delivery é cada vez mais comum nesse modelo de negócio. De acordo com dados do Instituto Foodservice Brasil (IFB), a expectativa é de que o delivery cresça em torno de 7,5% em 2023. Já os números da Kantar mostram que 70% dos brasileiros compram por conveniência e, entre 2020 e 2022, o delivery de alimentos cresceu 9% no país.

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Neste cenário, os supermercados passam a oferecer o serviço de olho no comportamento de compra de 70% dos brasileiros que, segundo a pesquisa, optam pelo serviço pela comodidade e conveniência. Do outro lado estão as empresas que oferecem esse serviço de forma especializada e até segmentada. Uma delas é a Eu Entrego, plataforma que registrou crescimento de 23% em 2022 e tem o plano de fazer mais de 6 milhões de entregas em 2023.

O sistema conecta as empresas varejistas a uma rede de entregadores autônomos em todo o Brasil com capacidade de gerenciar 100% das entregas de um supermercado. A ferramenta conta com sistema de geolocalização, machine learning, tracking e acompanhamento de frota, tudo isso a partir de uma interface intuitiva e responsiva. 

De acordo com Fernando Moulin, partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente, os supermercados devem olhar para serviços como o Eu Entrego de maneira positiva, porque são soluções que a tecnologia tem proporcionado através do ecossistema de startups.

Serviço de valor agregado e nutrição de relacionamento

Para Moulin, os varejistas conseguem atender a necessidade dos consumidores no momento em que eles querem porque o serviço especializado é capaz de fazer uma entrega rápida, pouco depois do pedido. “Isso se torna um serviço de valor agregado que traz ainda mais diferenciação para o varejista, mais engajamento com o cliente, mais fidelidade. Creio que a forma de olhar para esse serviço seja uma nova possibilidade de melhorar o atendimento ao consumidor e de aumentar a satisfação do cliente”, afirma. 

Para o professor, é importante que tenham processos específicos para o delivery dentro das redes de supermercados. “Precisa ter uma embalagem apropriada para delivery, uma operação ágil que tira o pedido e, rapidamente, embala, prepara, produz e seleciona (no caso de frutas, verduras e legumes, por exemplo) itens de qualidade para o consumidor. O cliente vai perceber se o varejista pegou um produto como ele faria caso estivesse na loja”, acredita Fernando.

Segundo o especialista em negócios e experiência do cliente, a vantagem de uma plataforma de entregas é nutrir um relacionamento com o cliente sem ter que desenvolver todo o caminho de captação de frotas próprias de motoristas, por exemplo. “O supermercadista aproveita a expertise de um parceiro e, a partir disso, oferece uma solução para os seus clientes. Os supermercados de pequeno e médio porte que não podem competir em estrutura ou força da marca focam no relacionamento, na intimidade com o cliente e na proximidade. Um serviço especializado de delivery ajuda a potencializar exatamente essas fortalezas”, completa.