Até agosto, em 2023 a quantidade de vinhos vendidos foi 1,5% menor do que no mesmo período do ano passado. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Scanntech, empresa de inteligência de dados para o varejo. De acordo com companhia, apenas em agosto, as vendas foram 7,7% menores, fato justificável devido a média das temperaturas máximas em agosto deste ano serem de 25,9°C, sendo 1,4°C acima da Normal Climatológica (média histórica), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

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O vinho tinto é o mais vendido em todo mercado supermercadista, de acordo com a Scanntech. Com 83,3% das vendas unitárias, o tipo de bebida lidera a preferência do brasileiro. Em segundo lugar ficou o vinho branco (8,5%), seguido por espumantes (5,2%) e rosé (3,0%). Por captar dados em mais de 40 mil pontos de venda (PDV), o hábito do consumidor dentro da categoria de vinhos apresenta dois picos de vendas durante o ano, um deles no período de inverno onde há um aumento no consumo de vinhos tintos e outro no final do ano, quando vinhos refrescantes como brancos, rosés, espumantes e similares aumentam sua saída em virtude do clima (verão).

Para Priscila Ariani, diretora de marketing Scanntech Brasil, o impacto na venda de bebidas tradicionais do inverno vai além do vinho. Conhaque e whisky tiveram quedas de até 21,9% em unidades vendidas enquanto cerveja teve aumento de 13,4% no mês de setembro, influenciadas pelas altas temperaturas do mês. Em outras categorias, o impacto também pode ser visto, como o sorvete, que dentro da categoria de perecíveis registrou venda de +66,7%”, destaca.

Olhando para as regiões do Brasil, o Sul e Estado de SP juntas representam mais de 60% do faturamento das vendas de vinho no Brasil. Outro dado interessante é que Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro juntos somam 21%.  Por captar mais de e mais de 9 bilhões de tickets por ano, relativos a um faturamento de mais de R$ 680 bilhões, os dados da Scanntech destacam que mais de 60% dos vinhos comercializados nos supermercados são em grandes varejistas. Mercados intermediários ficam em segundo com cerca de 22% ficando a frente do atacarejo que soma pouco mais de 8%.

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