Por mais que a modalidade de pagamento tenha ganhado destaque durante o início do período pandêmico, já há evidências de que há uma mudança de hábito e comportamento dos consumidores, já que o brasileiro não só tem gastado cada vez mais com cartões, como também tem feito cada vez mais compras com cartões de maneira não presencial e com aproximação. Os pagamentos por aproximação cresceram cerca de 67,2% entre o 2º e o 3º trimestre de 2021, de acordo com a nova edição do relatório Mercado de Pagamentos em Dados, do Instituto Propague, em parceria com o time da Economic Research da Stone.
Esse crescimento, comparação com o terceiro trimestre de 2020, cresceu quase 300% o volume transacionado via pagamento por aproximação, saindo de R$ 14,4 bilhões para R$ 57,5 bilhões. Os gastos não presenciais com cartões também saltaram de pouco mais de R$ 135 bilhões no 2º trimestre desse ano para cerca de R$ 146,5 bilhões no 3º trimestre, um crescimento de 8,4%. Se compararmos com o mesmo período do ano passado, há um impressionante crescimento de 16,1%.
Os números do uso de cartões pelo brasileiro como meio de pagamento contemplam três modalidades: débito, crédito e pré-pago, sendo que os três arranjos continuaram crescendo de forma significativa ao longo 3º trimestre de 2021. Os cartões também atingiram 51,5% de todo o gasto feito pelas famílias brasileiras no 3º trimestre do ano, um crescimento de cerca de 6,5 pontos percentuais ao longo de 2021.
A modalidade de crédito saiu de um total de pouco mais de R$ 371 bilhões transacionados no 2º trimestre de 2021 para cerca de R$ 420 bilhões, um crescimento acima dos 13%. A modalidade débito, em uma mesma comparação, saiu do valor de R$ 217,6 bilhões para R$ 237,7 bilhões, representando um aumento de mais de 9%. Por fim, o arranjo pré-pago apresentou o maior crescimento, por volta de 33%, chegando a um total transacionado no terceiro trimestre de quase R$ 32 bilhões.