O valor da cesta básica na região metropolitana de São Paulo subiu 3,41% em outubro na comparação com setembro, saltando de R$ 613,65 para R$ 634,59. O levantamento foi feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de pricing, como o monitoramento de preços do e-commerce e precificação com uso de Inteligência Artificial. Trata-se da primeira alta após cinco quedas consecutivas.
Em maio, houve diminuição de 1,25%; em junho, de 0,88%; em julho, de 5,67%; em agosto, de 1,54%; e em setembro, de 4,64%. O estudo envolveu 13 itens disponíveis em cinco grandes plataformas de e-commerce de empresas supermercadistas que atuam na região.
“Conforme é observado no mercado, a redução no desemprego e consequente incremento do poder de compra das famílias eleva o consumo de alimentos a domicílio, o que acaba por culminar em um aumento de preços dos alimentos. ”.comenta o CEO da Precifica, Ricardo Ramos
Para efeito de comparação, o IPCA-15, que é uma prévia da inflação divulgada mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registrou aumento de 0,16% em outubro. É importante ressaltar que os números do IBGE envolvem produtos e serviços de diversos segmentos e não somente da cesta básica; essa é a razão para a diferença.
No entanto, o resultado obtido pelo instituto aponta na mesma direção do levantamento feito pela empresa especializada em soluções de pricing. Inclusive, o levantamento oficial, feito em todo o país, mostra que o grupo Alimentação e Bebidas apresentou alta de 0,21%.
Os mais caros e os mais baratos
Os itens da cesta básica que mais subiram em outubro foram a batata (12,8%) e a banana (12,3%). Na sequência estão o tomate (11,3%) e o café em pó (10,7%). O maior recuo foi do sal refinado (11,6%), seguido do leite integral (3,5%), do feijão carioca (3,3%) e do arroz (3,2%).
O país começou o ano com os preços em alta. Depois houve um período de queda e agora nova alta, que pode se repetir nos próximos meses. Esse sobe e desce afeta tanto os custos dos comerciantes quanto os preços de venda. Pior, faz a definição de preços adequados para o momento ficar ainda mais complexa. Juntando esse problema e a dinâmica ágil imposta pela digitalização dos processos, fica praticamente inviável se manter competitivo sem o uso da tecnologia.
“São ferramentas que acompanham em tempo real o comportamento dos consumidores e dos concorrentes e diversas outras variáveis como os custos da empresa e as metas de rentabilidade estipuladas e o giro de estoque desejado, estabelecendo uma dinâmica de preços que permite atingir as metas almejadas pelas empresas. É uma excelente solução para ser muito competitivo nos dias de hoje”, salienta Ricardo Ramos.