O setor de consumo e varejo, que engloba as empresas de alimentos, bebidas e tabaco, as lojas de varejo, a indústria de vestuário e calçados, os supermercados e os shopping centers, encerrou o ano passado com 88 operações de fusões e aquisições em todo o país. Esse desempenho é 15,4% inferior ao registrado ao longo de 2021, quando foram concluídas 104 transações. Os dados são de uma pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia brasileira.

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De acordo com o relatório, as companhias de alimentos, bebidas e tabaco registraram 37 negociações entre janeiro e dezembro passado. Na sequência, aparece o segmento das lojas de varejo, com 23 operações, os supermercados, com 19, os shopping centers, com um total de oito transações, e o segmento de vestuário e calçados, com uma.

“Apesar da queda no número de transações, é possível observar mudanças nas estratégias de desenvolvimento e nos modelos de negócios das empresas do setor, com o objetivo de assimilar novas tendências de consumo e novos formatos de atendimento. Essa reformulação de portfólio é fundamental para se adaptar às demandas dos consumidores e racionalizar a concorrência onde as empresas são mais fortes, por exemplo”, analisa o sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa.

Com relação ao tipo de transação, do total realizado em 2022, a maioria (59) envolveu empresas domésticas. Outras 14 operações foram realizadas no formato CB4, modalidade em que uma empresa estrangeira adquire, também de estrangeiros, uma organização estabelecida no Brasil; mais dez como CB1, quando uma companhia estrangeira adquire capital no Brasil; três de CB2, que são empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior, e duas de CB3, que são organizações de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

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