Mesmo diante da desaceleração do preço e resultado positivo em termos de faturamento, o radar mensal da Scanntech aponta recuo de 12,6% no faturamento de mercadorias da mercearia básica. O pior resultado do ano se dá pela queda de preços em 8,9% e das vendas unitárias em 4,1%. Na contramão da mercearia básica, a categoria de bebidas contribui positivamente no crescimento do canal alimentar no mês, entregando alta de mais de +10,6% em faturamento e de mais de 4,2% em vendas unitárias nesta cesta. As principais categorias responsáveis pelo recuo do faturamento da cesta de mercearia básica foram leite, óleo e café moído. Entre as de maior crescimento estão o arroz, farinha de mandioca e massas. Já a cesta de bebidas foi impulsionada pela venda de cervejas, refrigerantes e sucos prontos.
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Ainda segundo os números da Scanntech, o faturamento do varejo alimentício cresceu 3,2% no mês de agosto, a menor variação do ano. “Notamos que apesar de indicadores macroeconômicos do país mostrarem uma melhora considerável com a taxa de desemprego em queda, por exemplo, o poder de compra ainda está sob o impacto dos últimos anos onde os preços aumentaram acima da renda média, estrangulando o bolso dos consumidores. Para atingirmos um crescimento expressivo, precisamos focar na geração de volume, entendendo no detalhe granular como podemos criar possibilidades de compra relevantes ao shopper,” diz Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech.
São mais de 40 mil estabelecimentos analisados, ticket a ticket, item a item, de maneira granular e transferidos automaticamente, sem manipulação humana, para oferta de insights e impulsionamento das vendas no varejo. “A partir dos dados, o varejo e a indústria podem traçar uma estratégia minuciosa e ágil, com nossos dados em D+2 o que possibilita o reajuste da rota mudando o curso do resultado dentro do mês, para atender as demandas do consumidor”, completa Priscila.
Receita de Supermercados x Atacarejos
Ao observar os pontos de venda, os supermercados continuam apresentando crescimento em vendas unitárias de 3,5%, sendo o 4º mês consecutivo de crescimento, com estabilidade no fluxo de lojas. Os atacarejos regionais, praticamente sem crescimento das vendas unitárias nem de preço, estagnaram pela primeira vez em crescimento do faturamento.
Em termos regionais, a região sul apresentou crescimento de 3,9%, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, com 3,5%. São Paulo apresentou uma leve oscilação positiva chegando a 3,0%.