O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) fechou o ano de 2021 com inflação de 7 pontos percentuais abaixo do índice geral, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Considerando os últimos 12 meses, a variação no setor de HPPC foi de apenas 3,1%, porém o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 10,1%.

Muitas categorias como produtos para cabelos e produtos para a pele — ambos com inflação de 2,9% — e ainda, os desodorantes com inflação de 1%, fecharam o ano com índices abaixo da média do setor de HPPC. Algumas categorias chegaram a registrar deflação, ou seja, queda nos preços em 2021, como foi o caso de artigos para unhas (-0,7%), perfumes (-1,0%) e itens de maquiagem (-0,4%).

Para a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, os índices demonstram as dificuldades do setor para repassar aumentos de custos aos preços ao consumidor. Embora seja um setor essencial para a sociedade e, o terceiro mais tributado do país, o setor de HPPC se vê hoje obrigado a absorver os constantes aumentos de custos para evitar uma retração ainda maior da demanda de seus produtos.

Um dos fatores que mais contribuiu para a alta dos preços gerais em 2021 foi o fato de que, pela primeira vez, desde 2015, a inflação geral ficou acima de 10%. Isso ocasionou a alta do preço das matérias-primas; o aumento dos custos de energia (decorrente da crise hídrica); o aumento dos fretes (decorrente do aumento dos preços de combustíveis); o aumento dos custos de mão de obra e a desvalorização do real frente ao dólar.

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