Em comparação ao mesmo período pré-pandêmico, o varejo paulistano teve retração de 8,3% na primeira quinzena de julho, o que revela que as perdas persistem no setor em comparação ao mesmo mês de 2019. Os dados são da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) com base na amostra da Boa Vista, empresa de análise de dados. Em análise mensal, o recuo foi de 3,5% se comparado a junho.
Por mais que essas retrações sejam claras, a comparação deste período com julho de 2021 foi positiva: 67,5%. Entretanto, segundo o IEGV (Instituto de Economia Gastão Vidigal), a base de comparação é fraca pois, em 2021, o comércio operava com redução de 80% da capacidade e horário reduzido por conta das restrições da pandemia.
“Há uma combinação de juros e inflação alta, encarecendo produtos nas prateleiras e, consequentemente, acarreta perda do poder de compra dos consumidores”, analisa Marcel Solimeo, economista da ACSP.
O economista pontua ainda que há expectativa de melhora no cenário para os próximos meses. Parte disso por causa do maior valor concedido aos beneficiários do Auxílio Brasil. Ainda na sua avaliação, a injeção de outro recurso extra, como o 13º salário pago aos trabalhadores, deverá contribuir para que o setor alcance o patamar anterior à pandemia.