O setor supermercadista apresentou queda de 1,8% nas vendas em fevereiro (resultado dessazonalizado e deflacionado com base no índice IPS/FIPE), de acordo com estudo feito pela APAS (Associação Paulista de Supermercados). Apesar de negativo, o índice segue uma tendência verificada em todo o começo de ano. As famílias costumam reduzir o consumo em função do pagamento de tributos e dos gastos com material escolar, despesas que se acumulam nesse período.
Diego Pereira, economista da APAS, ressalta que a variação mensal das vendas do setor indica uma tendência de recuperação, com curva ascendente em 2022. “O otimismo do consumidor vem se recuperando. Isso é possível observarmos pelo indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), que apresentou em março nova evolução consecutiva, com 78,1 pontos”, explica.
Segundo pesquisa realizada pela CNC, o endividamento já afeta 77,5% das famílias no primeiro trimestre do ano. Desse total, 10,8% afirmam não ter condições de saldar as suas dívidas. Pelo lado dos supermercados, a maior despesa em fevereiro foi com a folha de pagamento (11,29% sobre o faturamento).