Na última semana, uma varejista anunciou um novo formato de monetização para gerar receita: ao comprar via e-commerce, o cliente receberá uma embalagem com uma peça publicitária. A iniciativa retoma a metodologia de antigas publicidades, nas quais as marcas usavam embalagens para tornar-se conhecidas nos bairros, por exemplo.
A embalagem como oportunidade de negócio é uma tendência. Na Mazurky, por exemplo, indústria de embalagem de papelão ondulado, instalada em Mauá (SP), é produzida a “Cestinha Sustentável”, criação dos empreendedores Marcus Santarem e André Souza que, além da questão ambiental, também funciona como uma potente propriedade de mídia, onde os anunciantes podem promover suas marcas, através da impressão das artes em alta resolução diretamente sobre o papelão. As cestinhas podem ser personalizadas, estampando o logo da empresa. “É um instrumento para um novo modelo de negócio e de fonte de receita com publicidade, além do viés sustentável. Grande parte dos consumidores tem se atentado à responsabilidade ambiental das empresas e, sendo o papelão 100% reciclável, a associação da marca a esse compromisso impulsiona a valorização”, fala o diretor da Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz.
A máquina que faz a comunicação visual da cestinha tem capacidade para produzir 30.000 unidades por dia e também prioriza a sustentabilidade. “A impressão digital jato de tinta de passagem única para embalagens de papelão ondulado contribui para uma economia circular real, graças à redução dos custos de superprodução, desperdício e armazenamento”, diz Mazurkyewistz. “Outro ponto de destaque é a cura por LED, que reduz o consumo de energia e elimina o uso de água para lavar impressoras e tintas”, acrescenta.
O papelão reciclado corresponde à 70% da matéria prima da Cestinha Sustentável. O produto suporta até oito quilos e conta com uma proteção impermeável para receber alimentos resfriados e congelados, podendo substituir as tradicionais cestas utilizadas em supermercados, farmácias e demais estabelecimentos comerciais.