Pela primeira vez em seis anos, as taxas cobradas nas operações envolvendo cartões de crédito e de débito nas maquininhas voltaram a subir no Brasil. Para as transações com cartões de crédito a alta se deu de 2,1% para 2,8%, e as operações com cartão de débito tiveram as taxas aumentadas de 1,3% para 1,6%.
O aumento de custo para os comerciantes e lojistas deve, no fim, representar um custo maior repassado ao consumidor, o que deve impactar diretamente nas vendas por meio deste tipo de pagamento e também no varejo brasileiro.
“Com as taxas de uso de cartão aumentando e o provável repasse desse custo dos lojistas aos consumidores, as pessoas irão buscar também outras formas de pagamento, como o boleto bancário, dinheiro à vista e principalmente o PIX”, explica Rogério Albuquerque, head de produtos e marketing da Card.
A consolidação do PIX como a forma preferida de pagamento do brasileiro se tornou evidente desde seu lançamento. De acordo com a Febraban, do período em que foi lançado até setembro de 2022, mais de 26 bilhões de transações foram realizadas, com uma movimentação estimada de R$12,9 trilhões.
Um dos grandes atrativos quanto ao uso do cartão, principalmente o de crédito, é a possibilidade de parcelar as compras efetuadas, em breve, porém, o PIX também deve aderir a esta modalidade. A novidade deve chegar até o meio do ano e promete reunir a praticidade e instantaneidade do PIX à possibilidade de realizar pagamentos parcelados.
Mesmo com o avanço do Pix no país, o brasileiro permanece muito conectado ao cartão de crédito. Segundo um levantamento do Serasa, cerca de 70% dos brasileiros que fazem uso do cartão de crédito possuem três ou mais cartões, com o aumento das taxas na utilização de cartões, provavelmente elevando custos para lojistas e, consequentemente, para os consumidores, o varejo deve oferecer ainda mais soluções para não perder interessados.