A Makro, rede atacadista do grupo holandês SHV, está vendendo todos as suas 24 unidades em São Paulo, e consequentemente, deixará de participar do atacado no Brasil, caso as negociações avancem. O grupo, presente no Brasil desde 1970, está cobrando uma quantia entre R$ 2 e R$ 3 bilhões.

O Banco Santander está intermediando as conversas pelo lado da companhia, dando prioridade a grandes redes como Atacadão, Assaí, Fort Atacadista (Grupo Pereira) e Grupo Muffato. Em 2020, a companhia vendeu 28 lojas para o Carrefour por R$ 1,95 bilhão, mas manteve a operação no estado paulista para tentar acelerar os negócios da região.

Conforme os cálculos do mercado, o valor cobrado equivale a uma média por loja de mais de R$ 120 milhões, quase o dobro dos investimentos na construção de uma loja nova média (R$ 40 milhões a R$ 50 milhões) e equipamentos (R$ 15 milhões), sem incluir a compra do terreno. Outra conta envolve o valor das empresas comparáveis. “O Assaí vale em bolsa hoje 40%, 45% da venda bruta, e o Atacadão um pouco mais, mas eles querem 100% da receita. E o Extra acaba de vender 70 pontos por R$ 4 bilhões, e mesmo considerando que no Extra há reformas, e no Makro nem tanto, ainda está fora de uma faixa razoável”, diz uma fonte a par do tema.

Fonte: Valor

6 thoughts on “Makro Atacadista planeja sua saída do Brasil

  1. Lamentável que cheguemos a este ponto de vermos uma empresa tradicional na vida dos brasileiros, uma empresa tão grande e que hoje gera centenas de emprego diretos e indiretos contribui muito para o cenário economia na vida das pessoas, quando isso acontece quem perde é a sociedade.

    Interessante que o CADE Fique de olho para que o Brasil não concentre um monopólio no comercio de atacado e distribua para mais concorrentes!

  2. Uma gestão sem competência é engolida pela concorrência, neste segmento de mercado precisa de uma equipe eficaz, segura e arrojada…

  3. Hoje é indiscutível a força e foco do Atacado Generalista, fortalecendo os Mercados De Bairro, dando cada vez mais mix e comodidade e serviços próximos aos consumidores, modelo arcaico do Atacado Cash Carry como Makro e outros precisa se reinventar.

  4. Fui cliente Makro desde a década de 90 aqui em Campinas, na minha visão como cliente sempre pecou em muitos erros operacionais. Antes era grupo fechado onde somente vendiam para empresas e clientes cadastrados, seu cadastro era extremamente burocrático e quem não gosta disso não gosta de ser cliente.
    As ofertas semanais ou quinzenais, dificilmente você encontra as mercadorias notáveis na loja, acabavam antes de terminar a ofertas, isso se arrastou por décadas.
    Cliente novo ou que esquecia o cartão Makro, ou ficava algum tempo sem comprar, era parado na entrada da loja ou ao passar no caixa e submeter a inúmeras burocracias para entrar e poder comprar mesmo sendo à vista.
    Demorou demais para aceitar cartões de crédito e alimentação e refeição, quando começou a aceitar a concorrência já havia segmentado sua clientela.
    O televendas não interessava para pequenos comércios aqui no Makro da Santos Dumont, uma certa vez a atendente disse “é só vir aqui entrar na loja e comprar”. O cliente pequeno compra o mix da loja que, enquanto o grande comprador, aquilo que é oportunismo e que dá pouco lucro para o atacadista.
    Depois que entrei no lucro real, o Makro nunca mais me interessou pelo contrário, ao invés de ser parceiro, Atacarejo acabou virando concorrente. Faz 03 anos que não compro nada lá.

  5. Nunca gostei dessa empresa chamada MAKRO mal
    Atendimento preços caros, e administrada por pessoas erradas, com certeza acontece isso mesmo … FECHA AS PORTAS 🚪

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