As inovações tecnológicas nos meios de pagamentos vem transformando a rotina do consumidor, entre elas a biometria facial. Segundo estudos da Juniper Research, em um futuro próximo será possível realizar compras sem ter o cartão ou celular em mãos. A expectativa é de que até 2027 o valor dos pagamentos remotos autenticados biometricamente atinja a cifra global de US$1,2 trilhão.
Para o especialista Samuel Ferreira, CEO da Meep, empresa de soluções tecnológicas para meios de pagamento, a biometria facial é um mecanismo genial para a capacitação de dados na análise de projetos. “A segurança e agilidade desse meio de pagamento explica o motivo pelo qual a tecnologia é a grande aposta de empresas e varejistas”, avalia.
Neste ano, a estimativa de pagamentos com a tecnologia é de USD 322 bilhões. Na China, a inovação é utilizada em lojas, restaurantes e supermercados. Já na Rússia, os metrôs da capital disponibilizam a opção para o embarque nos trens com o uso de uma máquina leitora nos guichês.
Realidade nos supermercados brasileiros
No Brasil, a primeira transação via reconhecimento facial foi feita em 2021 e em agosto desse ano, a rede mineira de supermercados D’Ville, com quatro unidades na região de Uberlândia (MG), passou a ser a primeira rede de supermercados do Brasil a fazer uso da biometria facial para pagamentos em todos os pontos de venda. Cerca de R$ 50 mil foram investidos nessa tecnologia da Payface, startup de reconhecimento facial para pagamentos, pela rede supermercadista.
O sistema viabiliza um procedimento de pagamento 9x mais rápido que os métodos tradicionais, colaborando para a redução das filas no processo de checkout. “O D’Ville tem como princípio trazer soluções inovadoras que viabilizem uma experiência diferenciada para nossos clientes. Com o pagamento por reconhecimento facial, acredito que o processo ficará mais confiável, dificultando fraudes e proporcionando rapidez para o consumidor”, comenta Leandro Borges Carrijo, CEO da rede D’Ville Supermercados.