As gôndolas que apresentam produtos licenciados estão quase sempre entre as mais quentes dos supermercados e têm maior apelo com o consumidor por estar associado a uma marca famosa, uma celebridade ou um personagem. No Brasil, este mercado ganha cada vez mais força, tanto é que o faturamento das marcas que fazem licenciamento atingiu R$ 21 bilhões em 2021. Segundo dados da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens, esse montante representa um crescimento de 5% em relação ao ano anterior.

De acordo com Marici Ferreira, presidente da ABRAL, as vantagens mais relevantes para os supermercados que contam com produtos licenciados no seu mix, destaque para o reconhecimento do público-alvo; a diferenciação em relação aos concorrentes; e a rentabilidade através de margens mais altas pela força da marca. “A imagem vinculada a determinado produto aproxima a marca do seu público-alvo, ao mesmo tempo que diferencia a empresa dos concorrentes e maior alcance de venda. O licenciamento dá mais visibilidade ao produto, e o esforço de marketing acaba sendo menor, já que a licença faz esse papel”, explica a presidente.

Licenciados se destacam nos supermercados

No cenário supermercadista, algumas categorias de produtos têm maior destaque quando se trata de licenciamento de marcas, principalmente produtos alimentares com personagens vinculados na embalagem e itens de beleza. Segundo Marici, existem outras categorias que ganham força com produtos licenciados como confecção, papelaria e brinquedos. “Produtos licenciados são um bom negócio e causam um impacto emocional nos consumidores e esse sentimento representa o principal alvo do setor”, analisa a presidente da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens.

Para ela, os produtos licenciados pertencem a um nicho que permite que os fãs comprem diversos itens com a marca de seus heróis e celebridades favoritos, mas, os supermercados precisam estar preparados para colocar produtos licenciados nas suas prateleiras. “Organização inteligente e eficiente dos setores, uma boa exibição na prateleira do supermercado,  propaganda e estratégias de divulgação”, ensina Marici Ferreira.

Assim como o aumento das marcas próprias dentro das grandes redes de supermercados do Brasil, a presidente da ABRAL aponta para o mesmo cenário em relação aos produtos licenciados. “Uma coisa é certa e pode ser constatada em uma visita a qualquer supermercado: cresce, ano a ano, o número de produtos licenciados nessas lojas”, completa.