Segundo a rede CNBC, as vendas de imóveis virtuais no Metaverso chegaram a US$ 500 milhões em 2021 e podem dobrar este ano. Com a mudança de nome e de estratégia do Facebook, recém anunciada por Mark Zuckerberg, e a aceleração da evolução digital, cada vez mais profissionais e áreas têm se perguntado qual será o seu papel em um futuro que já chegou. E, com os vendedores, não poderia ser diferente.
Porém, enquanto cada vez mais marcas correm atrás de estratégias de Customer Experience e de personalização nas vendas para não ficar de fora do que vem por aí, o comportamento do consumidor não para de mudar. E essa é só mais uma das questões que devem ser trabalhadas pelos profissionais da área de vendas.
Para Marcelo Scharra, CEO da Aceleração de Vendas, assim como em outras áreas de consumo, o supermercado deverá se adaptar à novidade. “Hoje, os consumidores estão cada vez mais adeptos às novas maneiras de comprar; especialmente após a pandemia, quando pudemos perceber que o remoto funciona muito bem, e emergiu em nós um comportamento diferente de consumo. Por isso, esse tipo de adaptação deve ser contínua, e a imersão no Metaverso deve seguir esse fluxo”, afirma o especialista.
O metaverso e o supermercado
Algumas adaptações deverão ser feitas na categoria de supermercados para que a experiência seja a melhor. Marcelo Scharra aponta que a primeira delas deve ser em relação aos estoques e à experiência omnichannel. Para o especialista, sairá na frente quem conseguir implementar na loja física e online o mesmo tipo de experiência. “As páginas de produtos online precisam remeter a experiência de prateleiras, visuais 3D, um comparativo de preços, marcas e rótulos que sejam acessíveis, assim como é a experiência presencial”, afirma.
É importante frisar que o Metaverso e um caminho ainda desconhecido e não possui uma só definição, como toda nova tecnologia. Os desafios para varejistas passam ainda pela questão do hardware: para os clientes vivenciarem a mesma experiência das lojas físicas, é preciso ainda popularizar o famoso óculos de realidade virtual, essencial para essa experiência.
A relação indústria e varejo deverá ser ainda mais impactada nesse novo universo, mas o que se sabe até agora é que onde há pessoas conectadas e atenção, haverá transações comerciais, seja para comprar itens raros como NFT no mundo virtual, como acontece hoje no mundo físico, seja para veicular campanhas de divulgação. “As tendências dizem que o Metaverso concentrará a maior parte da atenção do mundo. A indústria está cada vez mais perto do cliente, e o varejo deve ficar atento às mudanças de cenário. A experiência do cliente sempre foi proporcionada pelos varejistas, e isso não deve mudar. O problema para o setor é que hoje o consumidor tem muitas possibilidades de escolha, literalmente, na palma da mão. Então, entender o que o cliente busca é essencial para o negócio”, pontua Marcelo.
Para o especialista, em um mundo ideal, varejo e indústria caminham se desenvolvendo juntas, sempre buscando alcançar e conhecer a satisfação do cliente. A adaptação precisa ser muito rápida, pois hoje as experiências remotas estão sendo muito demandadas.