Em busca de alimentos cada vez mais saudáveis, os consumidores estão se afastando de produtos com ingredientes artificiais e, buscando rótulos cada vez mais simples. Na América Latina, a fabricação de produtos com rótulos limpos cresceu 18% entre 2018 e 2022, segundo uma pesquisa da Mintel. Além disso, 76% das pessoas em todo o mundo declaram como importante que bebidas e comidas não contenham corantes artificiais, segundo o estudo “The Future of Naturalness”, da FMCG Gurus.
Apesar do apelo ao natural estar cada vez mais presente, essa nova geração de consumidores não está disposta a abrir mão do sabor e do apelo visual dos alimentos. Por isso, eles mantêm a exigência em alimentos com apelo de cor, mas sempre associado a ingredientes naturais. Isso reforça o interesse em atributos sensoriais, que mostram que além de saudável é bonito.
Na era das redes sociais, ter um alimento “instagramável” conta pontos, já que tudo é compartilhado. Cores deslumbrantes, formas inovadoras e texturas surpreendentes estão entre os desejos do consumidor.
Em Portugal, um restaurante resolveu utilizar o atributo de cor para oferecer uma experiência sensorial para os consumidores. O Il Basilico, do hotel PortoBay Teatro, adicionou três versões que dão cor à massa: espinafre, beterraba e carvão vegetal.
A Pizza Rosa alla Barbabietola tem uma aparência rosada, resultante da utilização da beterraba como ingrediente na massa base. O recheio da pizza contém molho de tomate, três tipos de queijo (mozzarella, gorgonzola e taleggio), cebola confitada, espinafres e nozes.
Já a Pizza Verde al Spinaci tem na sua massa uma base de espinafres, que realça a cor esverdeada. Os ingredientes são molho de tomate, cogumelos, espinafres e cebola caramelizada. A pizza pode ser finalizada tanto com queijo mozzarela quanto queijo vegano.
Por fim, a Pizza Nera Al Carbone Vegetale tem como base carvão vegetal ativo, um ingrediente conhecido pelas suas propriedades desintoxicantes. Com base de cor preta, ela recebe com recheio natas, mozzarella, mortadela, pistache, manjericão e flor de sal.
A novidade mostra como o mercado pode adaptar alimentos que são tradicionais na vida do consumidor em versões mais naturais e alinhados às tendências de saudabilidade, preocupação com meio ambiente e era do compartilhamento.