O desperdício de alimentos é um dos grandes problemas que enfrentamos. Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) intitulado “Índice de Desperdício de Alimentos”, globalmente, cerca de um terço de todos os alimentos produzidos não é consumido, sendo 14% perdidos entre a colheita e o transporte e próximo de 17% do que é disponibilizado aos consumidores têm como destino o lixo de varejistas, restaurantes e residências.
Esse desperdício refere-se à diminuição da quantidade ou qualidade dos alimentos resultante de decisões e ações de varejistas, restaurantes e consumidores. Isso acontece, principalmente, devido a práticas de comercialização, padrões visuais imperfeitos, não necessariamente ligados à qualidade do alimento, descuido no armazenamento e preparo dos produtos, além da falta de conscientização dos consumidores.
Além das iniciativas e políticas públicas puxadas pelo comprometimento com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12 da ONU, que prevê, até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos mundial per capita, o desenvolvimento de tecnologias são grandes apostas para que varejistas, restaurantes e supermercados diminuam o índice de desperdício.
O uso de Internet das Coisas (IoT), rede coletiva de dispositivos conectados e à tecnologia que facilita a comunicação entre os dispositivos e a nuvem, através de sensores de temperatura e umidade, garantem a qualidade do produto ao consumidor final, a automação dos procedimentos, aumenta para 100% a capacidade de auditar dados e reduz em 40% o tempo do processo.
Uma gestão da cadeia de frios com dispositivos IoT, por exemplo, se propõe a ajudar a reduzir o desperdício de alimentos através do monitoramento em tempo real de geladeiras e freezers do ponto de venda. Por meio de inteligência artificial e internet das coisas, garante que os alimentos refrigerados e congelados sejam armazenados de forma adequada, contribuindo para reduzir perdas para os varejistas e proteger a saúde dos consumidores.
Para Felipe Testolini, CEO da Sigmais, empresa de IoT, os dispositivos podem ser usados para geração de relatórios no padrão da Anvisa e com dados detalhados gerados por cada dispositivo associado a algum equipamento de refrigeração (geladeira, freezer, câmara fria, pass through, entre outros).
“Quando os gestores desses espaços adotam o uso desses dispositivos, os profissionais da cozinha passam a focar na produção das refeições, entregando um serviço de excelência, evitando desperdícios e reduzindo custos”, afirma Felipe Testolini, CEO da Sigmais.