O universo virtual representa a oportunidade das marcas se conectarem com as pessoas de uma maneira ainda mais genuína e assertiva, pois trata-se de uma forma de proporcionar infinitas possibilidades para seus consumidores, unindo o entretenimento com um mundo de soluções para todas as marcas, atendendo totalmente às necessidades do público. Com isso, as empresas conseguem entreter os seus clientes ao explorarem os conteúdos que eles desejam ver, ao invés de interromperem com propagandas ultrapassadas enquanto assistem um vídeo nas redes sociais, por exemplo.
Mas será que os supermercadistas precisam correr para estar no metaverso agora? Para Marcelo Scharra, CEO da Aceleração de Vendas, nesse momento é bom que os varejistas estejam, primeiramente, conectados. “Não há como se preocupar com metaverso se você ainda não vende por WhatsApp ou não possui presença significativa nas redes sociais”, analisa.
O especialista aponta que o melhor caminho é utilizar estes universos que já existem para posicionar a marca e começar a reter a atenção do público, afinal, o Metaverso será uma máquina de captura de atenção, mais intensa do que as que existem hoje. “Atender por vários canais já é uma realidade e o metaverso será mais uma, porém, ao invés de duas dimensões, teremos três”.
Gigantes abrindo caminho
Gigantes do varejo já estão investindo nessa nova tecnologia. O Walmart registrou novas marcas no final de 2021 que indicam sua intenção de fabricar e vender bens virtuais, incluindo eletrônicos, decoração de casa, brinquedos, artigos esportivos e produtos de higiene pessoal. Em documentos enviados ao Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos, o Walmart apresentou pedidos para registro de tecnologias voltadas para o novo mundo digital.
Já o Carrefour adquiriu um terreno no metaverso de criptomoedas The Sandbox, se preparando para em breve anunciar sua nova loja. A divisão na França do Carrefour informou que o terreno foi comprado por meio do chefe de e-commerce, ou seja, os planos de experimentar compras online por meio dessa solução deverão ser apresentados em breve.
Para Scharra, as redes brasileiras devem aprender com os pioneiros, e antes de tudo buscar conhecimento, estudar, entender as tendências de mercado e o que os clientes buscam antes de investir recursos nesse segmento. Além disso, Marcelo reforça a importância de ter experiências com realidade virtual, que também é indispensável. “As mudanças estão acontecendo de forma exponencial. Se antes queríamos ter a experiência na palma das mãos, hoje, além desse desejo, experiências de forma remota se tornaram essenciais para a experiência do usuário”, conclui.