Entre os principais pilares que o consumidor se baseia para escolher onde fazer suas compras, o mais importante é a percepção de preço e promoção. De acordo com a pesquisa IPcon, feita pela Dunnhumby em 2022, existem outros aspectos como variedade e qualidade dos produtos; experiência; posicionamento sustentável; e ações voltadas para criar e manter o relacionamento com o consumidor.
Considerando esse ranking, fica mais fácil entendermos qual a relevância da tecnologia na precificação e, consequentemente, nas vendas de supermercados, físicos e online. De acordo com Ricardo Ramos, CEO da Precifica, o dinamismo do e-commerce exige acompanhamento constante da movimentação da concorrência em relação à preços, promoções, rupturas, entre outros aspectos. Diante do cenário dos supermercados, sejam grandes, médios ou pequenos, a chave é ter o controle absoluto dos preços de milhares de mercadorias para ser competitivo.
Para Ricardo, a tecnologia traz soluções de monitoramento e precificação indispensáveis para curar dores do setor supermercadista, em tempo real. “As soluções identificam o momento ideal para mudança de preços e sugerem os valores mais adequados, considerando os custos, a estratégia de negócio e os objetivos financeiros do estabelecimento, entre outras variáveis”, aponta o CEO da Precifica.
Sazonalidade nos preços e alta frequência
De acordo com o executivo, uma dificuldade bastante comum dos supermercados é a precificação de um mesmo produto em embalagens diferentes, como o arroz de 1 ou 5 kg. “O desafio é fazer com que os preços permaneçam coerentes e, nisso, a tecnologia pode ajudar com escala na inteligência e na coerência dos preços. A elasticidade dos preços de itens que integram a cesta básica também merece atenção porque é dinâmica, muda de acordo com cada estabelecimento e ainda sofre efeitos da sazonalidade e de outras variáveis como prazo de validade”, explica Ramos.
Além disso, o executivo destaca que a tecnologia também contribui com a precificação das lojas online ao medir efeitos da sazonalidade nos preços. “Naturalmente, o cliente está disposto a pagar um pouco mais na época de Natal, quando todo mundo está formando as mesas bonitas. Certos produtos também são mais demandados nessas datas sazonais. Então, a tecnologia ajuda a medir esse efeito”, salienta o CEO da Precifica.
Para Ricardo, o supermercado é um negócio com alta frequência e recorrência de compras e, por isso, é importante construir coerência entre os preços nos diferentes canais da mesma rede. “O aplicativo pode atrair o cliente para o ponto de venda com uma promoção, mas se o preço da loja estiver diferente ou mais alto do que o preço do aplicativo, o consumidor pode ter uma percepção ruim do supermercado. Portanto, a relação entre estes preços, do canal online e da loja física, precisa ter sincronismo”, completa.