Não é de hoje que as redes de supermercados perceberam a oportunidade de aumentar suas vendas ao apostar em armários lockers como ferramenta de conveniência para o consumidor, principalmente aqueles que compram online. Não é de hoje que as redes de supermercados perceberam a oportunidade de aumentar suas vendas ao apostar em armários lockers como ferramenta de conveniência para o consumidor, principalmente aqueles que compram online. Há dois anos a rede de supermercados Hirota contava com armários refrigerados que permitem a entrega de alimentos, refeições, bebidas geladas, entre outros produtos, para os consumidores que fazem compras pela internet. Entretanto, desde 2020, período da pandemia, os lockers foram desativados pela empresa.
De acordo com Alberto Serrentino, sócio da HiPartners e fundador da Varese Retail, essa ferramenta pode contribuir com a experiência do consumidor de formas diferentes já que o locker pode oferecer a retirada de compras online feitas no próprio supermercado e também de outros itens que a loja não tem. “A partir de parcerias com outras redes, os lockers também podem entregar produtos de outros varejistas, inclusive de empresas estrangeiras, por exemplo”, aponta.
Segundo o fundador da Varese Retail, empresa especializada em estratégia de varejo, existem diversos desafios que os supermercados podem encontrar ao implementar armários lockers nas lojas. Principalmente nos aspectos operacional, de integração, processos, sistemas, tecnologia e modelo de negócio. “É preciso entender se tem volume suficiente para justificar o investimento, se vai funcionar de maneira redonda, sem atrito e que seja conveniente para o cliente. Por isso, tem que estudar, fazer conta e, depois, desenvolver o modelo”, ensina Alberto Serrentino.
Facilidade e conveniência agrada brasileiros
Para o especialista, o consumidor brasileiro deve aderir facilmente a esse modelo de compras porque é uma ferramenta que melhora e torna o processo de compra mais fluido e com menos atrito. “É só ver como o self checkout está penetrando no Brasil, como o PIX explodiu no país e como a biometria está escalando. Todas as vezes que alguma coisa melhora a vida do cliente, ela ganha espaço. Por exemplo, a compra por WhatsApp já foi incorporada às rotinas das empresas”, analisa o sócio da HiPartners, empresa focada em alavancar empreendedores do varejo brasileiro.
Tornar a jornada do consumidor cada vez mais fácil e conveniente é o principal benefício que os lockers trazem para os supermercados e, para Serrentino, essa é a equação fundamental. “Tudo o que envolve a conveniência é rapidamente percebido pelo cliente e, se o resultado desse investimento for positivo, certamente tem espaço para crescer dentro da estratégia dos varejistas”, conclui o sócio da HiPartners e fundador da Varese Retail.