A transformação digital leva cada vez mais empresas para o ambiente virtual para atender a demanda dos consumidores e os supermercados também seguem esse movimento. Diante de uma migração em massa de empresas de diferentes segmentos para o digital, criminosos cibernéticos estão de olho nas oportunidades para aplicar golpes por conta da falta de conhecimento e, principalmente, de segurança no ambiente online das empresas.
De acordo com a pesquisa “The State of Ransomware in Retail 2022”, feita pela Sophos, o ransomware foi o tipo de ataque cibernético mais realizado em empresas varejistas no último ano. Trata-se de um golpe feito por meio de um malware que sequestra os dados de uma empresa ou de um consumidor e cobra pelo resgate desses dados. O estudo ainda mostra que 77% das varejistas no mundo foram atacadas desta forma em 2021, com aumento de 75% sobre o ano anterior.
Para o diretor de red team da Cipher, empresa provedora de Serviços Gerenciados de Segurança (MSS), Alexandre Armellini, o impacto dos ataques cibernéticos é igual para todos, varejistas ou atacadistas. “O impacto causado depende de onde o criminoso consegue chegar, que vai desde uma promoção pontual até a operação total de um estabelecimento ou rede. Se o ataque atinge os cadastros de clientes e de fornecedores, imagine o impacto para a marca e para a imagem do supermercado?”, avalia o executivo.
Profissionais capacitados contra ataques cibernéticos
Segundo Alexandre, para que os supermercadistas possam se prevenir de possíveis ataques cibernéticos, incluindo outros tipos, além do ransomware, é necessário investir em equipamentos adequados, saber como configurar e manter atualizado, além de profissionais capacitados para esse trabalho, com experiência e qualificação comprovadas. “As ferramentas devem ser devidamente dimensionadas para suportar as necessidades de cada estabelecimento e, sem a figura do profissional de cibersegurança, gasta-se muito sem ter a garantia do retorno esperado”, explica.
O diretor de red team da Cipher também destaca outro fator, o humano, como necessário para manter essa segurança, como um programa de conscientização dos colaboradores, por exemplo. “O ser humano é o elo mais fraco na segurança, portanto, internamente é onde se começa o investimento para um futuro mais seguro. Para os supermercados, investir em segurança cibernética passa por entender qual a situação atual de seu estabelecimento, qual o planejamento de crescimento em curto e longo prazo e buscar informações com pessoas qualificadas”, ensina Alexandre Armellini.
Trabalho na Ingram Micro é um distribuidor mundial de tecnologia e um dos líderes globais da cadeia de suprimentos de TI.
Nos últimos anos, a Ingram Micro imprimiu um ritmo acelerado de mudanças no Brasil, com a ampliação do portfólio. Tenho percebido que o tema de cybersegurança tem sido muito requisitado pelos clientes.