Nesta última segunda-feira (24), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) remeteu para análise a recomendação da aquisição do Grupo Big Brasil pelo Grupo Carrefour, realizado em março de 2021. O caso agora será avaliado pelo Tribunal do Cade, responsável pela decisão final em até 240 dias, podendo ser prorrogador por mais 90 dias.
De acordo com o parecer do Cade, as empresas envolvidas no negócio são atualmente concorrentes em três mercados: comércio varejista de autosserviço (envolvendo Supermercado, Hipermercado, Atacarejos e Clubes de Compras); atacado de distribuição de produtos primordialmente alimentícios e outros bens; e revenda de combustíveis no varejo.
Com relação ao setor de varejo, após avaliar a rivalidade exercida por outras empresas e a entrada de novos concorrentes, o Cade afastou possíveis riscos concorrenciais na maioria dos mercados.
“Contudo, para uma pequena parcela de mercados envolvidos nesse setor, não foram verificados elementos suficientes para descartar a probabilidade de exercício de poder de mercado por parte das empresas envolvidas no negócio, mesmo após avaliação de possíveis eficiências que pudessem compensar os efeitos negativos decorrentes da operação”, diz o parecer da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Para sanar os problemas concorrenciais identificados, o Cade negociou com as partes um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) por meio do qual estão previstas soluções estruturais e comportamentais, como, por exemplo, o desinvestimento de algumas unidades de varejo.
Após fechamento da operação, o Carrefour vai iniciar os trabalhos para a conversão das 388 lojas do BIG, sendo 63 Maxxi, 43 Sam’s Club, 86 BIG, 45 Super Bompreço, 54 Nacional e 97 TodoDia.