A eficiência no controle dos estoques, por meio da automação/robotização evita perdas e garante disponibilidade nas gôndolas dos supermercados. Ainda pode trazer melhores negociações com fornecedores e maior controle na diversificação dos SKUs oferecidos nos PDVs.

A implementação de etiquetas eletrônicas traz um dinamismo e uma gestão centralizada para campanhas e ainda pode suportar na redução da ruptura em departamentos como FFLV (flores, frutas, legumes e verduras) por exemplo, ou ainda em áreas de vendas de maior valor agregado, como vinhos e eletrônicos. O self-checkout, além de trazer uma experiência diferenciada, pode suportar a reorganização dos caixas e espaço nos supermercados e ainda trazer ganhos operacionais.

As possibilidades são inúmeras e o autosserviço já é uma realidade hoje, apesar das restrições culturais e sociais comentadas anteriormente. Ainda existe uma certa resistência para justificar o investimento e seu ROI, entretanto, nosso papel como integradores e conhecedores deste ecossistema é exatamente aprofundar os benefícios e demonstrar as aplicabilidades das tecnologias na operação e na experiência dos consumidores.

Abaixo, algumas soluções que as empresas de tecnologia trazem para o varejo:

CoreBiz

A empresa traz opções para implementação da função de entregas expressas (em até 30min), vendas por Whatsapp, integração ao Marketplace, solução para substituição de produtos, integração com todos os gateways de pagamentos, Omnichannel e integração de estoque físico e virtual, e ERP.

Como explica Bruno Cury, COO e partner da CoreBiz, dada a complexidade e alto nível de  personalização que o setor exige, existe uma necessidade de levar a informação da forma mais didática possível para todos os tipos de usuários, pois estamos falando de todos os tipos de pessoas, das mais variadas faixa-etárias, realizando compras nesse setor. “Por isso é importante trazer soluções que atendam a esses públicos variados e se comunicar de maneira clara e com esses usuários dentro dos aplicativos ou websites”.

O principal desafio é estar sempre pensando em inovação. A concorrência é cada vez maior, todo mundo hoje se não tem está migrando para o e-commerce agora. E para se manter em um nível de mercado temos que pensar de maneira inovadora para simplificar cada vez mais os processos de compra e de retenção dos clientes, o que está atrelado a uma boa experiência de ponta a ponta. “Temos entre nossos clientes uma grande rede de supermercados, líder do setor no Estado do Rio de Janeiro, que tem investido bastante em tecnologia para automatizar diversos processos em seu centro de distribuição exclusivo para e-commerce. Uma das inovações que implementaram foi uma esteira programada para separar os pedidos de acordo com a região de destino”.

Recentemente a CoreBiz desenvolveu e implementou o novo e-commerce da GBarbosa, um dos maiores grupos de supermercados da América Latina. Agora o grupo tem um site 100% responsivo e totalmente integrado com o app da empresa, e foi criado uma estratégia de vendas totalmente voltada para o comércio digital.

Bluesoft

O varejo precisou se adaptar, e hoje conseguimos ver o avanço do e-Grocery, o uso de mais tecnologias Touchless, inclusive como meio de pagamento (PIX, NFC etc.), tudo isso, para gerar conveniência para o consumidor e diminuir os atritos. Outro ponto importante é que de forma geral, a tecnologia vem se tornando mais acessível e o consumidor mais familiarizado com novas tecnologias. “O uso eficiente da tecnologia no supermercado, reduz rupturas, reduz perdas e desperdícios, aumenta a eficiência das equipes de backoffice reduzindo a necessidade de pessoal com processos automatizados de conciliação e automação bancária. Num setor que tem margens não baixas, esses investimentos são fundamentais para ser competitivo nos dias de hoje”, esclarece André Faria Gomes, CEO da Bluesoft.

 Com ajuda de um ERP, é possível acompanhar a necessidade do estoque em qualquer momento ou lugar, sem precisar realizar uma auditoria diariamente. Assim como é possível saber quais alimentos estão próximos de vencer, desse modo sua equipe pode se planejar para disponibilizar promoções ou deixar o produto mais exposto para ser vendido antes do prazo de validade. E, por fim, formas de mensurar todas essas novas atividades e ações dentro da loja, por meio de Business Intelligence. “O grande insight é que não basta ter dashboards e relatórios, é preciso conseguir criar uma cultura de tomada de decisão guiada pelos dados (cultura data-driven). Para isso, o uso de indicadores passa a fazer parte da rotina de todos os líderes da companhia”, diz Gomes.

Gunnebo

A Gunnebo possui um extenso portfólio de soluções para atender ao supermercadista em qualquer necessidade de prevenção de perdas. Um dos pontos mais vulneráveis dos supermercadistas é a frente de caixa e o recebimento.  “Devido à movimentação de dinheiro o PDV se torna o local ideal para erros operacionais e fraudes acontecerem. Para reduzir problemas no caixa, a solução Gatecash monitora os PDVs e também é capaz de gerar dados que facilitam os treinamentos da equipe, as campanhas de marketing e redução das filas e para o recebimento a solução Gatetransfer permite monitorar o recebimento ou transferência das mercadorias”, explica Haílton dos Santos, diretor comercial.

 Para o executivo, quando se fala em soluções em tecnologia para o autosserviço, os principais desafios são identificar e atender as demandas dos consumidores. “Obviamente o uso da tecnologia deve buscar melhorar a experiência de compra do consumidor e isto significa reduzir o tempo de procura dos produtos nas lojas físicas, economizar o tempo gasto nas filas dos caixas, auxiliar no melhor entendimento de um produto ou mesmo a forma como deve utilizá-lo ou para permitir que experimentem novidades e lançamentos”

Sled

Devido ao nosso atual cenário pandêmico, os supermercadistas buscam por soluções que apoie a fidelização dos clientes já conquistados, passando por redução de fila e desgastes como falta de troco ou disponibilização de serviços que facilitem a vida do consumidor. A simplificação dos processos de pagamento é uma adaptação necessária para transformar essa atividade cada vez mais transparente ao consumidor e aproximá-los de experiências e praticidades dos serviços digitais.

Na opinião de Anderson Locatelli,  CEO da Sled, existem duas formas de enxergar o investimento em tecnologia: o primeiro é que ao não o fazer, o custo da venda aumenta, pois não há um controle preciso, e ao mesmo tempo, o tíquete-médio por cliente crescerá em proporção menor a necessária. A segunda, diz respeito ao ganho operacional, que quando feito de forma adequada, reduz o tempo desde o processo de seleção dos produtos até a fila. “Automaticamente, mais clientes consomem no mesmo local e com a mesma mão-de-obra, permitindo, assim, o aumento da receita absoluta e também do tíquete-médio por cliente”.

O supermercado SuperPão, rede paranaense que possui no mercado 40 filiais, distribuídas em 12 municípios é cliente da Sled, e como outras redes do segmento, sofria com a ausência de troco no caixa e problemas com quebra de caixa. Com a implementação do troco digital, a empresa economizou 133 mil moedas e já realizou cerca de 40 mil transações de troco digital. “Em fevereiro de 2020, o Superpão realizou a implementação da ferramenta nas 23 lojas de varejo da rede, e depois de um período de adaptação e ajustes, a empresa pôde observar um grande aumento na quantidade de transações de troco para CPF, solucionando boa parte de seus problemas relacionados à falta de troco. A quebra de caixa também sentiu os efeitos, com uma diminuição de cerca de 10%”, explica Locatelli.

Maximatech

Entre as soluções que os supermercadistas mais procuram estão a plataforma de e-commerce, que permite negociações a qualquer momento e em qualquer lugar, e soluções de gestão de estoque (WMS), que auxilia a gestão de etiquetas e, consequentemente, uma auditoria de gôndola mais eficaz.

Essas tecnologias têm impactos positivos para a cadeia de abastecimento pois se adequam às novas necessidades dos consumidores ao mesmo tempo que tornam os processos cada vez mais assertivos, evitando prejuízos. Funcionalidades que ligam todos os processos da cadeia tornam as estratégias cada vez mais organizadas, como por exemplo: gestão de estoque que evita erros de logística, facilita o controle de mercadorias e evita perdas; controle de etiquetagem específico para varejo que também torna o processo de organização mais assertivo; gestão de transportes, com o controle das frotas, manutenção e gastos e frete, acompanhando os motoristas e criando as melhores rotas. “Atualmente, é praticamente impossível atingir uma excelência operacional sem tecnologia, sendo automatização o caminho para escalar os negócios na cadeia de abastecimento”, explica Selva Tassara, diretora de marketing do Grupo MáximaTech. “Um supermercado automatizado apresenta melhores resultados em diversas etapas de sua operação, podendo gerar grandes ganhos financeiros, como é o caso da rede atacadista e varejista Jomart, que aumentou em 92% o número de pedidos emitidos com o uso da plataforma de e-coomerce voltada para a cadeia de abastecimento, o que representou um aumento de 48% no faturamento”, complementa a executiva.

Thermomatic

A Thermomatic, indústria de equipamentos para desumidificação do ar, é procurada por  supermercadistas que buscam soluções para diferentes problemas de umidade, como a deterioração de alimentos e as perdas durante o armazenamento e o transporte. “Nossa intenção é garantir a integridade dos produtos até o cliente final, evitando a ação de microrganismos que geram mofo e bolor”, explica Jéssica Kirsner, CEO da Thermomatic.

É necessário garantir que os produtos armazenados sejam adquiridos pelo consumidor final da melhor maneira possível, sem intervenções que alterem suas características. Para isso, o desumidificador pode ajudar no controle da umidade do ar e, consequentemente, na diminuição dos microrganismos. “A HIPPO, uma rede de supermercados de Florianópolis, entrou em contato com a Thermomatic em maio de 2021 com queixas de alta umidade em um ambiente criado dentro do Centro de Distribuição, de uma das lojas, para armazenar chocolates e massas importadas. Depois da aquisição do Desidrat Plus 5000, em junho de 2021, a empresa relatou que seus problemas com mofo e bolor, que eram constantes, foram resolvidos definitivamente”, explica Jéssica. “ Antes da aquisição da solução perdíamos cerca de R$100 mil em produtos por ano. Além disso, durante nossas auditorias periódicas, quando identificamos um chocolate esbranquiçado (fat bloom), era necessário fazer uma inspeção em todo o lote. Essa é uma rotina que estabelecemos para garantir a qualidade do que comercializamos. Porém, isso gerava uma grande perda de tempo operacional e também de produtos. Desde que o equipamento entrou em funcionamento não houve mais nenhum foco de mofo”, diz Matheus Peyerl, supervisor de logística da Hippo.

Inwave

As soluções mais procuradas atuam sobre três grandes demandas do varejo que são: melhorar a experiência compra dos clientes, aumentar a produtividade da operação e reduzir as perdas como um todo. Os supermercadistas estão cada vez entendendo mais essa relação e explorando os aplicativos próprios, criando experiências ativadas por códigos bidimensionais (QR Codes) ou explorando promoções que avançam as barreiras dos canais, saindo do virtual para loja física e vice-versa.

A Inwave trabalha continuamente na criação de novas soluções, adequadas ao varejo brasileiro, com soluções conectadas (IoT) que gerem dados para inteligência de negócio (Marketing, Comercial, Operações, Prevenção de Perdas) além de facilitar a gestão dos equipamentos instalados. Entre as soluções oferecidas pela Inwave estão o sistema antifurtos, contagem de fluxo, intenção de compra, mapas de calor, tempo de permanência, armário inteligente para o serviço “clique e retire” (compras on-line e retirada na loja), e gestão da mesa mobile na loja física por meio de software instalado em smartphones e tablets em exposição nas lojas, conectando estes dispositivos à internet. “Embora as tecnologias tragam enormes avanços na produtividade e experiência dos consumidores, os principais desafios permanecem na capacitação da mão-de-obra para explorar plenamente todos os recursos disponíveis”, diz Gustavo Carrer, gerente de Desenvolvimento de Negócios da empresa.

Telltec

O uso da tecnologia precisa ser visto como o meio, para resolver os problemas das áreas de negócios. Para isso, é preciso levar a tecnologia para o centro da estratégia. Fica cada vez mais difícil quando não se tem uma visão mais holística. A eficiência operacional é, sem dúvida, um dos caminhos a serem buscados, mas existem outros tão importantes, como por exemplo: A experiência do cliente, a inteligência sobre dados, a segurança cibernética, que precisam ser a base para inovação e relação de confiança com o consumidor.

As afirmações acima são de Lúcio Leite, diretor de Transformação Digital e Varejo da Teltec Solutions e diretor institucional do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar), que ressalta a importância da TI no centro da estratégia, para que soluções não se transformem em experiências fragmentadas. “Não podemos olhar para essas tecnologias de forma isolada, pois a integração entre elas é o que vai gerar uma solução inteligente ou não. É preciso construir uma jornada para a nuvem e modernizar as aplicações legadas”.

 Trademaster

“As soluções com tecnologia que visam melhorar a gestão financeira e de estoque tem sido as principais procuras do setor. Quando falamos em supermercados, é necessário lembrar que um dos pontos mais estratégicos é o estoque, pois trabalham com grandes volumes”, explica Francisco Pereira, CEO da Trademaster. “Com uma linha de crédito especializada para comprar a prazo com seu fornecedor, o supermercadista consegue manter uma compra constante, aumentar o mix de produtos, aproveitar as oportunidades de preços e atender os picos sazonais, otimizando a gestão completa do seu negócio”.

Por meio de um modelo de crédito proprietário, a Trademaster libera mais crédito e mais prazo para o supermercado garantir e ampliar o seu estoque, gerando mais lucratividade e excelência na aplicação do autosserviço no estabelecimento. “Disponibilizamos essa tecnologia financeira de forma orgânica pela nossa plataforma integrada que libera mais limite de crédito e potencializa a compra a prazo. Isso é importante porque, para um pequeno varejo, essa é a principal fonte de financiamento do seu negócio, reduzindo a necessidade de capital para girar seu estoque e para a saúde financeira destes empreendimentos”.

Quer conferir mais sobre esse assunto? Leia a matéria que saiu na última edição da revista SuperVarejo “Proximidade máxima”.

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