O primeiro dia da NRF 2022: Retail’s Big Show, realizada em Nova Iorque, nos Estados Unidos começou em grande estilo ontem, 16 de janeiro, com uma palestra do CEO da Target, Brian Cornell, e líderes do Walmart, Saks OFF 5TH, Chewy e Dick’s Sporting Goods. Nesse dia foram tratadas questões de diversidade, equidade, inclusão, sustentabilidade e priorização do cliente.
Em 2017, o CEO da Target, Brian Cornell, falava sobre investir bilhões de dólares nas marcas da empresa, sobre desenvolver talentos, remodelar e adicionar lojas em centros urbanos e ambientes universitários e usar lojas como centros de atendimento – já demonstrando a visão que brilha no mercado ganhador do prêmio “The Visionary 2022”. “Não foi muito bem recebido. Foi uma reação muito fria. Mas esses investimentos que fizemos certamente nos ajudaram a acelerar a operação durante a pandemia”, disse ele ao público durante palestra na NRF 2022.
No geral, Cornell parece estar mais otimista do que há seis meses. Além dos investimentos anteriores, ele credita o recente sucesso acelerado da empresa na liderança que sua equipe tem proporcionado e a ênfase na cultura. “Reconhecemos que nossa cultura é sobre cuidar, crescer e vencer juntos. Durante a pandemia, o compromisso com essa cultura tem sido mais importante do que nunca”, disse ele.
“O time fala sobre cultura praticamente todos os dias, em todos os diferentes contextos. Isso é cuidado, não apenas para os membros da equipe, mas também continua a conversa sobre facilidade, confiabilidade e segurança para todos. A empatia tem sido primordial, e houve colaboração e foco. E acho que isso vai nos guiar daqui para frente.” Conclui Brian Cornell.
Já o futuro da sustentabilidade ambiental no varejo foi debatida por Zach Freeze, diretor sênior de iniciativas estratégicas de sustentabilidade do Walmart, que se comprometeu a ser uma empresa de emissão zero até o ano de 2040. Entre as principais questões que emergem em uma conversa sobre sustentabilidade no varejo estão três grandes: cuidado com o consumidor, transparência e externalização. “Toda transação de varejo se encaixa de alguma forma”, disse Scot Case, que moderou a conversa, ocorrida no StarWind Stage.
Para ajudar esse compromisso a se tornar realidade, o Walmart trouxe parceiros externos, incluindo The Nature Conservancy, para determinar o que os varejistas podem fazer. Um ponto óbvio para começar, observou Freeze, era com o consumo de energia, tanto porque há excessos, quanto porque serviu como uma maneira de definir um alvo. Entre os que estão à mesa dessa discussão no Walmart estão a frota de transporte, representantes das diversas partes da cadeia de suprimentos e gerentes de operações das lojas. A comunicação das metas e do progresso do Walmart para sua comunidade de fornecedores é uma parte importante e contínua do programa: cerca de 5% da emissão de carbono da empresa se deve às próprias operações do Walmart; os outros 95% vêm de seus fornecedores. “Há uma necessidade de inovação”, disse Freeze. “Pergunte a si mesmo: ‘O que podemos fazer como empresa?’ Lembre-se, você não pode ser tímido. Esta é uma situação urgente. Como nos destacamos?” concluiu.