A Páscoa é a terceira data mais importante para o varejo de alimentos, atrás do Natal e Black Friday. A data costuma elevar o ticket médio em 14% em relação ao mês anterior. Em estudo realizado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) foi apresentado que os produtos mais consumidos nesse feriado estão com os preços em desaceleração, em comparação com o mesmo período do ano passado. Produtos como bacalhau, chocolate, vinho, massa fresca, pescada e bombom tendem a apresentar menor aceleração nos preços até a Páscoa ou mesmo, em alguns casos, uma leve redução.
Segundo levantamento da APAS, esse histórico e a redução dos índices de desemprego apresentados no início do ano, fez com que 37% dos empresários do setor supermercadista ficassem mais otimistas em relação às vendas da Páscoa deste ano em relação às do ano passado, enquanto 45% acreditam que o desempenho será semelhante ao de 2021. Os ovos estão até 40% mais caros em relação a 2021, mas a estimativa do setor supermercadista é de um aumento de 36% nas vendas de chocolates na Páscoa deste ano.
“Em um setor competitivo como o supermercadista, sai na frente aquele que consegue negociar os melhores preços com os produtores, fornecedores e a indústria de modo geral. Essa capacidade de negociar, aliada ao mix de marcas e produtos disponíveis ao consumidor, reduz o impacto da inflação no bolso do consumidor”, avalia Ronaldo dos Santos, presidente da APAS.
Neste ano, diversos supermercados estão mudando a configuração das ofertas de Páscoa, reservando espaços menores para as parreiras de ovos de chocolate, com apresentação de produtos menores (mais ovos de 250g, contra os de 500g a 1kg do ano passado), além de maior disponibilização de chocolates e bombons.